Restaurações Metálicas e Estéticas
Será que vale a pena trocar uma restauração metálica por uma “branca” nos dentes do fundo?
Esta dúvida é muito frequente, por isso serão abordados alguns aspectos relevantes, para tomarmos uma decisão acertada, sempre que nos depararmos com esta questão.
Quando existem problemas que comprometem a saúde do dente, como uma fratura da restauração preexistente ou mesmo infiltração provocando recidiva de cárie, uma restauração estética pode substituir perfeitamente uma restauração metálica antiga nos dentes posteriores.
No entanto, quando a substituição for exclusivamente por motivo estético, deve-se refletir sobre a real necessidade da troca da restauração.
Se a opção realmente for pela restauração estética, podem ser utilizadas basicamente duas técnicas: direta ou indireta. Na técnica direta, a restauração é executada diretamente na boca do cliente, normalmente em uma única sessão. É recomendada para pequenas restaurações e o material de escolha é a resina composta.
A técnica indireta é indicada quando há um grande comprometimento da estrutura dental, sendo necessário um preparo e moldagem do dente, para execução do trabalho em laboratório, e posteriormente, cimentação da restauração, que pode ser confeccionada em porcelana ou em resina composta processada em laboratório.
Quando é feita a troca de uma restauração de amálgama por uma de resina composta direta, não há necessidade de um desgaste maior do dente, no entanto, para receber uma restauração indireta, normalmente será necessário um desgaste adicional para possibilitar a execução adequada do trabalho.
As técnicas restauradoras estéticas evoluíram muito nos últimos anos, apresentando um desempenho com excelentes resultados clínicos, entretanto, sua durabilidade vai depender diretamente do controle da higiene bucal e da manutenção do tratamento através de reavaliações periódicas das restaurações.
Dr. Marcos Paulo Nagayassu
Mestre e Doutor em Odontologia Restauradora – UNESP
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